19/08/10
A outra face
O meu tormento é deste mal só meu...
Este existir sem ter culpa nenhuma
Ser e saber que nunca poderei ser eu
costume assim, que nunca se acostuma.
Por certo algo de mim nunca nasceu
e sou dele fantasma, angústia e bruma
desse que sem ter sido, já morreu
espectro reflectido na penumbra.
Sou ilusão, tormento, a ponteira
desta caneta que a escrever sózinha
faz gota a gota a dor ser verdadeira.
Sou afinal as letras de uma linha
na qual nenhuma dor lá cabe inteira,
Mas que, a cada letra se adivinha.
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"[...]
ResponderEliminarÉ verdade a ausência.
É.
Dentro de uma tumefacção inflamada
nos lábios onde os teus beijam à distância.
É verde a velhice dos livros.
Páginas por onde as tintas,
fazem o contorno de linhas
que escorrem loucas
por dentro das tuas mãos.
Louca.
Erguida de dentro das brumas,
enoveladas no centro do mar.
Farol que desponta em todas as direcções,
conflui no centro escuro.
Escolhos. Livros velhos."
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarO dia mais importante da nossa vida não é quando conhecemos alguém especial, mas sim quando esse alguém especial começa a existir dentro de NÓS.
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